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Queda dos crimes sem intenção foi
a melhor notícia nas estatísticas de segurança pública divulgadas pelo governo
do Estado
O endurecimento da lei seca, que
passou a vigorar em janeiro deste ano, já produziu resultados importantes na
queda da violência no trânsito. No mês passado, a cidade registrou 44
homicídios culposos por acidente de trânsito, número 29% menor do que o
registrado no mesmo período de 2012. As lesões culposas por acidente de
trânsito também caíram - 5,7%, com registro de 1.836 dos casos.
A queda nos casos de crimes
culposos, quando o autor não tem a intenção de provocar o dano, foi a melhor
notícia nos dados de segurança pública divulgados na segunda-feira, 25,
pelo governo. Além dos casos de trânsito, com a lei seca também caíram os
homicídios culposos. Foram apenas três casos na capital, enquanto janeiro do
ano passado registrou 33 ocorrências.
A mesma tendência é verificada no
Estado. A redução nas mortes por acidente de trânsito chegou a 12,9%, com 290
ocorrências. A lei seca ainda derrubou os homicídios culposos, que passaram de
51 para 16 casos.
No dia 20 de dezembro, a
presidente Dilma Rousseff sancionou a nova lei que tornava mais rígida a
fiscalização de motoristas que bebem antes de dirigir. Apesar de a resolução do
Conselho Nacional de Trânsito (Contran) regulamentando as mudanças e
determinando o valor da multa só ter sido publicada em 29 de janeiro, a
repercussão da medida levou à intensificação das blitze policiais.
Drogas. Dados que medem a
atividade da polícia também registraram números mais baixos em janeiro em
relação ao mesmo período do ano passado. Foi o caso dos flagrantes de
entorpecentes na capital. Em janeiro de 2012, teve início a Operação
Cracolândia, que fez aumentar os flagrantes de droga principalmente na região
central. As 735 ocorrências registradas naquele mês baixaram 9,8% e ficaram nos
663 casos em janeiro deste ano.
Na avaliação de Luciana
Guimarães, diretora da ONG Sou da Paz, apesar da piora nos dados de
criminalidade, ainda faltam ferramentas que permitam avaliar a política de
segurança pública de maneira mais aprofundada. Ela cita a falta de indicadores
para medir o trabalho da Polícia Civil como uma das principais lacunas. "A
gente não sabe quantos inquéritos são esclarecidos nem o total de roubos e
homicídios desvendados", afirma.
Data: 26.02.2013 - Fonte: O Estado de S. Paulo
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